sexta-feira, 13 de março de 2009

MAX WEBER: A ação social
A análise estará centrada nos atos e ações dos
indivíduos. Isto é, a sociedade deve ser entendida a partir do
conjunto de ações individuais reciprocamente referidas, com
sentido.

Ação Social: Uma Ação com Sentido.
Cada sociedade para Weber possui sua especificidade
e Importância. Mas o ponto de partida de seus estudos estava
nas entidades coletivas, grupos ou instituições. Seu objeto de
investigação é a ação social, a conduta humana dotada de
sentido, isto é, de uma justificativa subjetivamente elaborada.
Assim, o homem passou a ter, enquanto indivíduo, na teoria
weberiana, significado e especificidade dando sentido à sua
ação social.

As normas sociais só se tornam concretas quando se
manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação. Cada
sujeito age levado por um motivo que é dado pela tradição, por
interesses racionais ou pela emotividade. O motivo que
transparece na ação social permite desvendar o seu sentido, que
é social na medida em que cada indivíduo age levando em conta
a resposta ou a reação de outros indivíduos.
OBS: uma ação orientada por fenômeno da natureza não é
social.
Assim ele estabelece quatro tipos de ação social:
1. Ação tradicional: aquela determinada por um costume ou por
um hábito arraigado.
2. Ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estados
sentimentais.

3. Racional em relação a valores: determinada pela crença
consciente num valor considerado importante.

4. Racional com relação aos fins: determinada pelo cálculo
racional que coloca fins e organiza os meios necessários.
No livro "Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo"
Weber relaciona o papel do protestantismo na formação do
comportamento típico do capitalismo ocidental moderno. Weber
descobre que os valores do protestantismo - como as práticas de
devoção e penitência, a poupança, a severidade, a rigidez, a
vocação, o dever e a propensão ao trabalho - aluavam de
maneira decisiva sobre os indivíduos. Weber mostra a formação
de uma nova mentalidade, dos novos valores éticos instituídos
com o capitalismo, em oposição ao despojamento da vida
material e à atitude contemplativa do catolicismo, voltados para a
oração, sacrifício e renúncia da vida prática.
Atenção:
• O trabalho toma-se portanto um valor em si mesmo.
• O puritanismo condenava o ócio, o luxo, a perda de tempo.
• A dedicação religiosa ao trabalho ele chamou de vocação.

Dominação
As formas básicas de legitimação justificam-se com
base em distintas fontes de autoridade:
Tradicional: "a da ordem eterno". Isto é, o domínio tradicional
exercido pelo patriarca e pelo príncipe patrimonial de outrora(...)
Carismática: a do dom da graça extraordinário e pessoal, a
dedicação absolutamente pessoal e a confiança pessoal na
revelação, heroísmo... é o domínio carismático exercido pelo
profeta ou - no campo da política - pelo senhor da guerra eleito...
Legalidade, em virtude da fé na validade do estatuto
legal e da competência funcional, baseada em regras
racionalmente criadas. É o domínio exercido pelo moderno
servidor do Estado e por todos os portadores do poder que, sob
este aspecto, a ele se assemelham.


KARL MARX E O MATERIALISMO HISTÓRICO
Doutrina do marxismo que afirma que o modo de
produção da vida material condiciona o conjunto de todos os
procesãos da vida social, política e espiritual.
• As forças produtivas constituem as condições materiais de
toda a produção: matérias-primas, instrumentos como
ferramentas ou máquinas) homem, principal elemento das forças
produtivas, é o responsável por fazer a ligação entre a natureza
e a técnica e os Instrumentos.
• As relações sociais de produção são as formas pelas quais os
homens se organizam para executar a atividade produtiva.
Assim, as relações de produção podem ser, num determinado
momento, cooperativistas (como num mutirão), escravistas
(como na Antiguidade), servis (como na Europa feudal), ou
capitalistas (como na Indústria moderna). Homens procesão
produtivo.


A idéia de alienação
Econômica(dupla): a industrialização, a propriedade
privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios
de produção ferramentas, matéria-prima, terra e máquina -, que
se tornaram propriedade privada do capitalista. Separava
também, ou alienava, o trabalhador do fruto do seu trabalho, que
também é apropriado pelo capitalista.
Política: o principio da representatividade, base do liberalismo,
criou a idéia de Estado como um órgão político imparcial, capaz
de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder delegado
pêlos indivíduos. Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de
classes esse Estado é uma superestrutura política e jurídica a
serviço da classe dominante, Isto é, age conforme seus
interesses.
PRÁXIS; Pela crítica radical ao sistema econômico, à política e à
filosofia que o excluíram da participação efetiva na vida social,
isto é, ação política consciente e transformadora.


As classes sociais: Segundo Marx, as desigualdades
sociais observadas no seu tempo eram provocadas pelas
relações de produção do sistema capitalista, que dividem os
homens em proprietários e nao-proprietários dos meios de
produção. As desigualdades são a base da formação das
classes sociais.


As relações entre os homens se caracterizam por
relações de oposição, antagonismo, exploração e
complementaridade entro as classes sociais.
Mais-valia: É no momento em que o empresário compra a força
de trabalho de seu empregado que nasce o procesão de
exploração capitalista. Como? "O empregado, ao pagar os
salários aos trabalhadores, nunca paga a estes o que eles
realmente produziram, isto é, o excedente de valor produzido
que não é devolvido ao trabalhador; sendo apropriado pelo
capitalista. Será essa mais-valiaque irá caracterizar o capital,
pois parte dela é reempregada no procesão de acumulação
capitalista.


Fetiche da Mercadoria: No entanto, as coisas não aparecem
assim tão claras; na realidade, somos levados a pensar que as
mercadorias têm qualidades próprias, que o dinheiro possui um
poder de compra que é mágico. Essa inversão de sentidos,
consiste basicamente em dar a impressão de que as relações
sociais de trabalho são apenas relações sociais entre
mercadorias.


Trabalho morto e vivo (valor)
O capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria,
mas é claro que não se trata de uma mercadoria qualquer.
Enquanto os produtos, ao serem usados, simplesmente se
desgastam ou desaparecem, o uso da força de trabalho significa,
ao contrário, criação de valor.

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